Evolução da Cotonicultura na Bahia



Por Janaína Maria Victória Chaves Barbosa


Foto Janaína Barbosa

A cotonicultura cresceu ainda mais na Bahia a partir dos anos 2000, com a criação da associação baiana de produtores de algodão (ABAPA), que tem sua sede em barreiras no oeste do estado, que trabalha lado a lado com os produtores e com a associação brasileira de produtores de algodão (ABRAPA), Que garante e incrementa normas de responsabilidade e sustentabilidades para que os produtores de algodão produzam um produto de qualidade, visando respeitar sempre o meio ambiente.
O estado da Bahia é responsável por 20% de toda a produção de algodão brasileiro, o correspondente à 331.028 hectares, e uma previsão de produção para a safra 2018/2019 de 625.643 toneladas de pluma. Sendo 87% certificados pelo programa de sustentabilidade ABR e BCI.

Programas e Projetos Relacionados ao Algodão

Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) - é a síntese da união dos cotonicultores em prol de uma produção mais sustentável de algodão no Brasil. Que é feito pela ABRAPA com a parceria da ABAPA e Instituto Brasileiro de Algodão (IBA), se propõe a promover a evolução progressiva das boas práticas sociais, ambientais e econômicas a fim de construir uma boa imagem para o algodão brasileiro e conquistar espaço no crescente mercado do algodão responsável. Melhorar continuamente a gestão sustentável das unidades produtivas, à medida que elevarem o nível de conformidade em relação aos critérios da sustentabilidade e do programa ABR, disseminar entre os associados os pilares da sustentabilidade, colocando o setor alinhado com as questões que orientam governos, entidades e toda a sociedade, fazendo o diagnóstico das fazendas produtoras de algodão em relação à legislação trabalhista, ambiental e ambiente de trabalho.

Programa de Incentivo à Cultura do Algodão (PROALBA) - em 2001 foi estabelecido, Pelo Governo do Estado da Bahia, com o propósito de estimular a produção e melhorar a qualidade da fibra. E no mesmo ano, foi criado o Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). A ABAPA têm o maior centro de análise de fibra da américa latina que tem capacidade para receber 18 mil amostras de algodão diariamente, que é referência em análise de qualidade de fibra no Brasil, com instrumentos posicionados entre os melhores do mundo, como é o caso dos seus equipamentos de High Volume Instruments – HVI, de Luís Eduardo Magalhães.

Centro de Tecnologia - Treinamento de Operadores e Mecânicos de Máquinas Agrícolas tem como finalidade a capacitação e qualificação, seguindo às novas técnicas e resultando então na requalificação profissional no setor de mecanização, reduzindo os custos, aumentando a capacidade produtiva.

Inaugurado em Luís Eduardo Magalhães em 2010, o centro foi construído através de uma parceria entre a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA), o concessionário Agrosul e a John Deere, através do projeto Parceiros da Tecnologia e conta com o apoio do Fundeagro e Senai.

Os cursos contam com uma equipe técnica especializada do Senai, que dividem os treinamentos em três ambientes: o teórico (sala de aula), demonstrativo (contato com peças e ferramentas) e prático (contato com as máquinas), considerando conteúdos como preparo do solo, operação de máquinas, manutenção de máquinas, conservação das máquinas e implementos.

Sistema Abrapa de Identificação (S.A.I.) - A ABAPA lidera e coordena na Bahia a Execução do programa S.A.I., que tem como função principal identificar e rastrear, fardo a fardo, o algodão comercializado no Brasil. Isto é feito através de etiquetas com código de barras, que traz inúmeros benefícios, dentre eles, a garantia da qualidade do produto até o seu destino final, reduzindo também os roubos. O programa conta com a adesão de 95% das indústrias de beneficiamento instaladas na Bahia. 

Sou de Algodão - Um movimento desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) e o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), que tem o Apoio da EMBRAPA, Casa de Criadores, entre outros.
Com o intuito de fortalecer e unir os principais agentes da cadeia produtiva em torno de um bem comum: promover a sustentabilidade e o consumo consciente na moda, transformando uma mercadoria em um produto com alto valor agregado. Busca incentivar o uso dessa fibra natural, que é tão essencial na moda e no bem-estar dos brasileiros. Para isso, costuramos parcerias com marcas e pessoas que acreditam em nestes valores. O movimento leva nas instituições de ensino conhecimento e inspiração, conectando os estudantes com profissionais e empresas do setor têxtil e de moda. contém 130 marcas parceiras, entre elas a Renner, Farm, Santista, Artex.  

Produção de Algodão

O Brasil é o quarto maior produtor de algodão do mundo, deve se tornar o segundo principal exportador, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Municípios Produtores de Algodão no Oeste da Bahia são: Baianópolis, Barreiras, Correntina, Formosa do Rio Preto, Jaborandí, Lem, Muquém São Francisco, Riachão Das Neves, São Desidério e Wanderley. E no Sudoeste São: Candiba, Guanambi, Pindai, Urandi, Iuiu, Malhada, Sebastião Laranjeiras, Palmas Monte Alto, Carinhanha, Brumado, Caculé, Lagoa Real, Livramento de Nossa Senhora, Malhada de Pedras, Rio do Antonio, Igaporã, Tanhaçu, Bom Jesus da Lapa, Santana e Serra do Ramalho.

Segundo dados do IBGE a Bahia foi o estado que mais se destacou este ano, apesar do período de seca, no mês de fevereiro o estado conseguiu recuperar a produtividade que foi de 1,3 milhões de toneladas, que corresponde a 22,7% da safra a ser colhida pelo país esse ano. Atualmente o valor do algodão que é pesado em arroba está de R$ 83,77. No passado se colhia em média 120@/ha e atualmente é em média 300@/ha, Safra 2018/2019 - 331.800@/ha. Além disso, o Brasil está entre os 05 maiores produtores e exportadores de pluma, e é o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo, certificado pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que atua em benchmarking, com a Better Cotton Initiative (BCI) desde 2013, e realiza ações nos três pilares fundamentais da sustentabilidade: ambiental, social e econômico.

O País ocupa 7,6% do território com lavouras em estudo feito pela NASA em 2017. Território de 851.6 milhões de hectares, Agricultura 282.6 milhões de hectares, Lavoura 64.72 milhões de hectares, Pastagens 180.54 milhões de hectares, Florestas 494.5 milhões de hectares, População 201.5 milhões de habitantes, Região Oeste: 14.446.536 ha. (Dados da pesquisa do IBGE/2017).

O Brasil é atualmente o 2º maior exportador de algodão do mundo na safra 2018/2019.  A Bahia foi responsável por 286.235 toneladas de pluma, que equivale à 22% do total exportado pelo brasil no período e gerou 489 milhões de dólares para a balança comercial brasileira somente na venda de algodão. O País é o maior fornecedor de algodão Better Cotton do mundo, contribuindo com 31% do volume mundial no fechamento da safra 2017/18. O Estado Baiano tem a maior feira de tecnologia agrícola e negócios do norte e nordeste - Bahia Farm Show, que está entre as três maiores do país em volume de negócio, promovendo o Agronegócio.

Preservação e o Meio Ambiente

Em pesquisa feita pela Embrapa podemos ver que 25,6% das áreas rurais estão destinadas a preservação. O que é uma questão que gera muita discussão, pois muito se fala sobre o fato do agronegócio não preservar áreas rurais e com essa pesquisa pode se perceber, que é sim preservado que os agricultores têm um cuidado com a preservação porque são dessas que são colhidos às safras de algodão e para que continue a colheita é necessária à preservação. No Brasil a área destinada à preservação e proteção da vegetação nativa equivale a 66,3%.

Programa Fitossanitário da ABAPA

O Programa Fitossanitário que Monitora, Combate e Previne as doenças e pragas que atingem o algodão. O controle eficaz de pragas é um dos processos mais importantes de uma cotonicultura sustentável como a do Oeste da Bahia. Por isso, a ABAPA cuida da defesa fitossanitária de forma contundente e estratégica.

Pragas como o bicudo-do-algodoeiro, a mais famosa e um dos mais nocivos da história da cotonicultura no Brasil, quando fora de controle, são extremamente devastadoras. Para tornar mais eficaz e abrangente a atuação do Programa Fitossanitário, foram criados os Núcleos Regionais de Controle, que têm como responsáveis os líderes produtores com boa capacidade de mobilização e influência nas microrregiões. Que promovem o monitoramento intensivo de todas as microrregiões produtoras, nas duas regiões de cultivo da fibra na Bahia. Este trabalho envolve campanhas de conscientização, vistorias constantes às áreas de algodão, tours, reuniões de diagnóstico e análise dos resultados aferidos nas “armadilhas". Às estratégias de controle do bicudo começam na lavoura, com a destruição das soqueiras, no período preconizado pela ADAB para a Bahia, e com a erradicação das plantas voluntárias, chamadas tigueras, que, se não forem cuidadosamente combatidas, crescem no Vazio Sanitário, nas áreas plantadas anteriormente com algodão e nas de rotação de cultura.

 Modelo Hidrogeológico os recursos hídricos

A Bahia Atualmente utilizada o modelo hidrogeológico e os recursos hídricos, que é basicamente é uma representação, por ilustração, da geologia, dos parâmetros hidrogeológicos, e do sistema de fluxo da água subterrânea, E os Recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacias.

Estudos são feitos com base nos recursos hídricos para facilitar à gestão e decisões políticas, e técnicas associadas ao uso e disponibilidade deste recurso. a gestão é fundamental para manutenção da vida e à sustentabilidade do planeta. Além disso o Aquífero Urucuia abrange 6 estados brasileiros, sendo eles, Bahia, Piauí, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais. Com aproximadamente 60% de sua área localizada no Oeste da Bahia, sendo o total da área do Aquífero de 142.061Km².

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