Por Lucas dos Santos Gouveia
O possível crescimento nacional e
internacional na produção de algodão em pluma de qualidade pelo estado baiano.
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Foto: Lucas Gouveia
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O
estado da Bahia vem se destacando nesse cenário produtivo, sendo hoje o segundo
maior produtor de algodão do Brasil, perdendo apenas para o estado do Mato
Grosso, segundo dados de produção nacional da ABRAPA. Em dados divulgados pela
ABAPA, em 2018 cerca de 201 mil toneladas de algodão foram exportadas e até o
mês de agosto de 2019 cerca de 108 mil toneladas já foram destinadas à
exportação.
Até
agosto de 2019 a safra de algodão da Bahia já tem aproximadamente 70% de todo o
seu plantio colhido e já encomendado para exportação. Em 2017/2018 a safra de
algodão o estado alcançou a marca de 330 arrobas de algodão em caroço para cada
hectare plantado, gerando 526,7 mil toneladas de algodão em pluma. Uma marca
impressionante que gera expectativa dos produtores e compradores para as safras
futuras.
Mesmo
com o sucesso de produção do estado, os produtores baianos buscam alcançar e
até superar o líder de produção de algodão do país. O estado conta com todas as
condições favoráveis a essa meta, contando com a maior quantidade de produção
de algodão por hectare plantado e também com a maior parte das terras propícias
para o plantio, o que dispensa a necessidade de irrigação.
Segundo
Júlio César Busato, presidente da ABAPA, a Associação vem trabalhando junto aos
produtores do estado com o objetivo de explorar de maneira sustentável toda a
potencialidade que a Bahia tem para produção do algodão em pluma. Com foco em
conquistar o lugar de estado líder na produção e exportação da matéria prima
para mercados de tecido internacionais, a ABAPA acredita que isso pode
posicionar o Brasil entre os maiores exportadores de material de alta qualidade
em todo o mundo.
Pensando
nisso a ABAPA vem desenvolvendo programas com foco especialmente na entrega de
produto de qualidade com sustentabilidade ambiental. Uma ação que se destaca
nessa área é o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que tem a
sustentabilidade como diretriz prioritária no processo produtivo. O programa
fitossanitário tem como foco o combate eficaz e sustentável contra pragas que
afetam as lavouras de algodão, além de patrulha mecanizada, que consiste na
recuperação de estradas vicinais e na contribuição para conservação de recursos
naturais nas lavouras de algodão.
Além
disso existe investimento em treinamento de mão de obra especializada para a
produção de algodão com a utilização de tecnologia avançada. O Centro de
Treinamento Parceiros da Tecnologia (CTPT), criado em 2010, realiza treinamento
dos profissionais que atuam diretamente na cotonicultura. Desde que foi
inaugurado o CTPT já qualificou cerca de 20,5 mil pessoas num total de 941
cursos realizados.
Foto Lucas Gouveia
De
acordo com Sérgio Brentano, gerente do laboratório de análise de fibras da
ABAPA, a classificação do algodão é de extrema importância pro mercado têxtil:
“A classificação do algodão é de extrema importância para o mercado, pois a
partir dela é possível realizar a qualidade intrínseca da fibra, principalmente
nos e equipamentos de HVI, a indústria utiliza a classificação para determinar
a qualidade da fibra para construção do fio que irá ser utilizado”.
Foto Lucas Gouveia
De
acordo com Sérgio Brentano, gerente do laboratório de análise de fibras da
ABAPA, a classificação do algodão é de extrema importância pro mercado têxtil:
“A classificação do algodão é de extrema importância para o mercado, pois a
partir dela é possível realizar a qualidade intrínseca da fibra, principalmente
nos e equipamentos de HVI, a indústria utiliza a classificação para determinar
a qualidade da fibra para construção do fio que irá ser utilizado”.
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Foto Lucas Gouveia
De
acordo com Júlio César Busato, a qualidade do algodão do Brasil assemelha-se ao da Austrália: "Temos o maior
laboratório de análises de fibra da América Latina, o que garante uma qualidade
admirada pelo mercado mundial e, em vezes, nosso algodão é comparado ao australiano,
referência em qualidade".
A ótima
qualidade do algodão em pluma brasileiro vem chamando bastante atenção do
mercado asiático, como explicou o presidente da ABAPA. Apostando nesse mercado
uma comitiva formada pelos maiores produtores do estado da Bahia, capitaneados
pela ABAPA, visitou, no mês de setembro de 2019, países asiáticos como China e
Vietnã para prospecção de negócios.
Júlio
César Busato explica que o objetivo da viagem foi sondar a possibilidade de
instalação de um escritório da ABAPA nestes países, com a finalidade de apresentar
o algodão brasileiro às grandes indústrias têxteis asiáticas.
Os
investimentos na produção de algodão em pluma na Bahia vêm mostrando resultados
no alto nível de qualidade do produto, fazendo do estado um potencial candidato
a se tornar referência mundial em Cotonicultura. Esse cenário torna propícia
atração de investimentos estrangeiros, bem como a transferência de tecnologia e
métodos de produção utilizados pelos produtores baianos para todo o mundo.
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