Por Beatriz
Santos da Silva
O
algodão e a economia caminham lado a lado. Claro que essa parceria não surgiu hoje,
nem ontem. Há décadas dezena de produtos de algodão da região Oeste do estado
da Bahia vem de maneira passiva aumentando seu progresso e atualmente o Brasil
já é o segundo maior produtor de algodão do mundo.
Há
registros que no Brasil, o plantio do algodão tenha começado bem antes dos
portugueses chegarem ao território, historiadores pressupõe que os índios assim
como outras riquezas da terra tenham começado a prática. A exploração comercial
do produto teve início em 1750, obviamente nas terras nordestina. Durante os
séculos XVIII e XIX, o país foi líder de exportação do algodão, seu uso era
destinado para matérias-primas de produtos da Revolução Industrial.
Segundo
a Associação Brasileira de Algodão (Abapa), em média 35 milhões de hectares de
algodão é plantada em todo o planeta, por ano. Atualmente, o país que mais
produz algodão no mundo é a Índia, com quase 6 milhões de toneladas anualmente.
Deste
dos anos 2000 a cultura passou a contar com um novo apoio institucional, a Associação
dos Produtores de Algodão da Bahia (Abapa). As safras de algodão do último ano
deram um solto no retorno lucrativo para os agricultores, que também usam das
suas possibilidades para aumentar a qualidade de vida, empregabilidade, renda e
a economia do local.
Ainda
conforme a instituição, o crescimento da produção na safra 2017/2018, totalizou
1,2 milhões de toneladas de algodão em caroço e 535 mil toneladas de pluma, o
Centro de Análise de Fibras testou um total de 1.854.152 milhão de amostras de
algodão em equipamentos de High Volume Instruments (HVI) e 220.941 mil por
classificação visual. Para a certificação desta safra, foram realizadas 65
visitas a unidades produtivas para realização de auditoria interna. Essa etapa
é feita pela equipe técnica da Abapa que checa um total de 225 itens ligados ao
respeito à legislação e critério sustentável na produção agrícola, que será
seguido pela elaboração e execução de um plano para atender as não
conformidades. Esta área corresponde a 48 propriedades rurais certificadas na
região.
O
sucesso da safra 2016/2017, a cotonicultura gerou, cerca de 1,22 milhões de
empregos, que representaram uma massa salarial anual de US$ 11,81 bilhões,
segundo dados da Markestrat.
De
acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a região obteve um retorno de capital pecuário de quase 4
bilhões, em 2017. Os Produtores associados a Abapa contribuem e integram muitas
ações de caráter social como geração do retorno do sucesso da importações.
Entre
os projetos no pilar social, as associados contribuem para o Doar faz Bem,
Algodão Que Aquece, Corrida do Algodão, Algodão Pelo Vida, Fundo para o
Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis). O presidente da
Associação Júlio César, afirma que o intuito é aumentar ainda mais as ações em
benéficos aos moradores.
A
intenção segunda a instituição é aprimorar e aumentar ainda mais os moradores e
trabalhadores da região. Por isso, a Abapa fechou parceria com o Centro de
Indústrias do Estado da Bahia. Só no em 2018 foram 600 capacitados na região. O
acordo prevê a realização de cursos direcionados aos colaboradores que possuem
vínculo direto com a gestão das fazendas.
A
expectativa para este ano não foi diferente do grande número de sucesso. De
acordo com o diretor executivo da Abapa, Lidervan Morais, a parceria com o CIEB
tem sido assertiva.
De
acordo com a instituição de ensino, em 2018, quase 20 cursos foram promovidos
na região. O objetivo foi fomentar a melhoria e inovação de métodos e
processos, a partir da implementação de novas práticas nas fazendas. Sobre o
investimento, o gerente do Cieb ressaltou “Entendemos que este deve ser um
trabalho contínuo, pois é necessário aprimorar processos e capacitar pessoas em
todas as áreas de competência. Aqui em especial, destacamos a cotonicultura, um
dos setores que mais emprega e que passa por um processo de expansão, graças ao
potencial produtivo do Estado, superior a 500 mil de hectares”.
As
áreas de atuação dos cursos são, mecanização agrícola, movimentação de cargas,
terraplanagem, florestal, beneficiamento e análise da fibra do algodão, saúde e
segurança do trabalho – nr’s, ensino técnico – ead, tecnologia em pivôs
agrícolas, boas práticas em pulverização aérea, tecnologia em lubrificantes,
tecnologia em pneus agrícolas e rodoviários, controle, redução e monitoramento
de poluentes para veículos a diesel, idiomas, cozinha rural.
Com o
ouro branco do Oeste, é possível se fazer de tudo. E é tudo mesmo! As lavouras
de algodão suprem fábricas desde a produção de alimentos, vestuários, calçados,
acessórios e muito mais. O caroço do algodão é utilizado para produzir óleo comestível
e biodiesel, além de ser útil como lubrificante e por exemplo ingrediente
vistos em prateleiras dos supermercados. Sua mistura pode originar ainda rações
para animais e adubos para a terra.
O
algodão hidrófilo, tem grande poder de absorção, seu uso mais conhecido é o
hospitalar. Mas também pode ser utilizado para a fabricação de explosivos e
para preparar pólvora. Existem infinidades de possibilidades para se estudar e
navegar na temática. O algodão promete um futuro promissor para o Brasil.
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